EDUCAÇÃO INTEGRAL,
MEDIAÇÃO DO CONFLITO E
RESPEITO ÀS DIFERENÇAS!
Moodle, Módulo 4, Livro Digital.
Conflito
Práticas Restaurativas
Diversidade
Inclusão
Os conflitos fazem parte da natureza humana e, simples ou graves, devem ser vistos como oportunidades de mudanças e de crescimento. Os conflitos estão muito presentes nas escolas, que são espaços privilegiados para a disseminação de valores e construção da cidadania. Por isso, a comunidade escolar precisa conhecer ferramentas, estratégias e habilidades que possibilitem o seu gerenciamento pacífico. As práticas restaurativas trazem procedimentos, práticas proativas e habilidades que podem colaborar para uma melhoria na prevenção e na resolução positiva de conflitos em geral, contribuindo para o desenvolvimento de boas relações no espaço escolar. São ferramentas simples em recursos e profundas nas relações de convivência, pois elas dão um destaque especial ao desenvolvimento de valores sociomorais importantes às crianças e aos jovens, tais como o respeito, a empatia, a interconexão, a responsabilidade social e a autodisciplina. Nas escolas, as práticas restaurativas colaboram com o trabalho preventivo de reafirmação das relações, visando melhorar o relacionamento escola-família-comunidade, a busca do diálogo entre todos, a promoção da melhoria do vínculo da comunidade escolar, a comunicação não violenta e as atividades pedagógicas restaurativas. Desta forma, elas contribuem para um trabalho proativo de comunidade escolar segura, democrática e respeitável e o fortalecimento de uma cultura de paz. Além disso, elas destinam-se, também, à restauração e à reparação das relações através do diálogo, dos círculos de paz e das reuniões restaurativas (mediações e círculos restaurativos), buscando reconectar e reconstruir relações.
O
conflito é inerente à condição humana e pode representar uma
oportunidade para a construção do diálogo e da cooperação. Por isso, se
gerenciados com eficiência, eles podem levar à restauração das relações e
à colaboração; ao contrário, podem levar ao desajuste nas relações
interpessoais e até mesmo à violência. A escola é palco de uma
diversidade de conflitos, sobretudo os de relacionamento, pois nela
convivem pessoas de variadas idades, origens, sexos, etnias e condições
socioeconômicas e culturais. Todos na escola devem estar preparados para
o enfrentamento da heterogeneidade, das diferenças e das tensões
próprias da convivência escolar, que muitas vezes podem gerar dissenso,
desarmonia e até desordem.
As práticas restaurativas são formas de gerenciamento de conflitos, através das quais um facilitador auxilia as partes direta e indiretamente envolvidas num conflito, a realizar um processo dialógico visando transformar uma relação de resistência e de oposição em relação de cooperação.
Diversas
são as práticas restaurativas que podem ser utilizadas no contexto
escolar, entre outras, o diálogo e o perguntar restaurativo, a mediação
escolar, a mediação de pares, os encontros restaurativos, os círculos de
paz e de diálogo e os círculos restaurativos."
PERGUNTAR RESTAURATIVO
Sabemos que quando ocorre um
problema, em primeiro lugar, sempre é preciso saber o que aconteceu.
Para tanto, algumas questões são cruciais:
Quem?
O quê?
Quando?
Onde?
Por quê?
Como?
Com a situação clareada, no momento
certo, é possível fazer uso direto de perguntas restaurativas, pois elas
trazem novas perspectivas e maior clareza para o problema; ajudam na
reflexão e permitem às pessoas um novo olhar sobre a situação; levam à
escuta, possibilitando o acolhimento e a conexão, e são ótimas
ferramentas para restaurar relações rompidas.
Na abordagem tradicional, sempre perguntamos assim:
O que foi desta vez?
É você de novo?
Quem começou isso?
O que eu posso fazer agora para punir o culpado?
Numa abordagem restaurativa, as perguntas são diferentes. A forma de perguntar já separa a(s) pessoa(s) do problema, o que é essencial.
Vejamos:
O que aconteceu?
Quem foi afetado ou sofreu algum dano?
O que você
sentiu naquele momento?
Como está se sentindo agora?
O que posso fazer
para que você possa se sentir melhor?
Como se pode dar uma
oportunidade aos envolvidos de repararem o dano e colocarem as coisas em
ordem?
O que você pode aprender desse fato?
Como você poderia ter
feito isso de outra maneira?
Como você acha que a vítima se sente?
O
que pensa?
Quais as soluções que podem beneficiar mais cada um dos
envolvidos?
O que você pensou no momento do acontecimento?
Estava
tentando conseguir o quê?
Houve mudanças na sua vida depois do
incidente?
O “perguntar restaurativo” leva a uma
forma de ouvir que possibilita ao ouvinte entender a história do
interlocutor e possibilita o reconhecimento de seus pensamentos,
sentimentos e necessidades, em um dado momento. Em síntese, o “perguntar
restaurativo”: Permite que o interlocutor reflita sobre o que ocorreu e suas consequências no futuro.
DIÁLOGO
O
diálogo é uma ferramenta eficiente, econômica e construtiva para as
organizações superarem os obstáculos mais difíceis, para proporcionar
ações colaborativas entre as pessoas e, sobretudo, para resolver os
conflitos de forma simples e fácil. Ele é essencial para a transformação
das pessoas e da sociedade! A construção de um bom diálogo é a
principal ferramenta para se lidar com os conflitos. Diálogo é troca de
entendimento e quem o inicia deverá procurar o retorno da outra pessoa,
para saber se a mensagem foi recebida e compreendida. Além das palavras,
fazem parte do diálogo: as emoções, o sorriso, o olhar, os gestos,
entre outras formas de expressão, que muitas vezes são mais relevantes
que as próprias palavras.
RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E INCLUSÃO EDUCACIONAL
Nesta perspectiva de práticas restaurativas, diálogo e conflito, surgem com grande destaque as questões referentes ao respeito às diferenças
e a inclusão educacional. Quando falo em inclusão, não me refiro
somente a pessoas com deficiências, este termo é muito mais abrangente.
Para entender a educação inclusiva,
deve-se primeiro entender que a proposta não foi concebida apenas para
determinados alunos, e sim para todos, sem distinção. Entender que somos
diferentes. Essa é nossa condição humana. Pensamos de jeito diferente,
sentimos com intensidade diferente, agimos de forma diferente, e tudo
isso porque vivemos e aprendemos o mundo de forma diferente. Pensar
seriamente na prática da inclusão significa tomar consciência da
diversidade dos alunos e valorizá-la. As escolas inclusivas são escolas
para todos, o que implica um sistema educacional que reconheça e atenda
às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer um
dos alunos. Sob essa ótica, não apenas portadores de deficiências seriam
ajudados, mas sim todos os alunos que, por inúmeras causas, apresentem
dificuldades de aprendizagem ou no desenvolvimento.
Para que se conceba um sistema
educacional inclusivo, deve-se permitir que os direitos humanos sejam
respeitados, de fato, podendo contar com órgãos públicos que podem e
devem ajudar as instituições. Alguns princípios devem fundamentar os
sistemas educacionais inclusivos, são eles: direito à educação, à
igualdade de oportunidade, escolas responsivas e de boa qualidade,
direito à aprendizagem e à participação. As diretrizes do sistema devem
nortear a elaboração de planos nacionais de educação para todos, são
elas: formular políticas educativas inclusivas; incrementar a inversão
de recursos para o desenvolvimento e a aprendizagem de todos; garantir
equidade na distribuição de recursos públicos e privados; deixar aberta a
participação de diversos setores nas decisões; promover a formação
continuada de todos os envolvidos no processo, desde professores a
ministros; valorizar o profissional da educação; divulgar informações e
usar todos os meios para conscientizar as pessoas; dentre inúmeras
diretrizes básicas.
O
despreparo dos professores para atuar com a educação inclusiva gera
grandes equívocos por parte dos profissionais. Muitos entendem educação
inclusiva como uma proposta apenas para deficientes, e desconsideram a
integração dos inclusos, não acreditando em sua aprendizagem. Confundem
inclusão com inserção, privilegiam na inclusão a socialização com a
ideia de que é o bastante, e acabam por limitar a "leitura de mundo" à
sala de aula.
Cultura de Paz
“Uma
Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições,
comportamentos e estilos de vida baseados: a) No respeito à vida, no fim
da violência e na promoção e prática da não violência por meio da
educação, do diálogo e da cooperação (...)” Artigo 1º, da Declaração da
ONU sobre uma Cultura de Paz, 1999.
Criar um livro, utilizando uma plataforma on-line gratuita (http://www.livrosdigitais.org.br/).
Elabor uma história, baseando-se na realidade de vocês, relacionando os temas CONFLITO, DIVERSIDADE e INCLUSÃO.
MEUS PRIMEIROS
LIVROS DIGITAIS
http://www.livrosdigitais.org.br/livro/156679U8CCS1AL
http://www.livrosdigitais.org.br/editando-livro/16272PW65OC748?page=0

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PPP DA ESCOLA
Toda instituição de ensino tem sonhos e objetivos a alcançar. Para que isso aconteça, é necessária uma organização da gestão em parceria com a comunidade escolar. O trabalho que segue tem por objetivo ressaltar a importância da participação do gestor escolar na construção do projeto político pedagógico.
Um dos documentos mais importantes da
escola é o Projeto Político Pedagógico. De acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases (lei nº 9394/96), em seus artigos 12 e 13, o Projeto
Pedagógico tem como objetivo organizar a instituição. É importante que
os(as) professores(as) participem da sua construção, para que o projeto
seja feito com eles(elas) e não para eles(elas).
Vasconcellos (1995, p.143) ressalta que o PPP
"É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da instituição.”
Vasconcellos (1995, p.143) ressalta que o PPP
"É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da instituição.”
O projeto Político Pedagógico
é um instrumento de integração com poder de transformação, que envolve
em seu processo a reflexão coletiva. Neste sentido, a atuação da gestão
escolar é fundamental, por meio de uma visão mais humanística é possível
desenvolver um trabalho que desperte uma consciência mais para uma
visão sustentável.
Devemos pensar no Projeto Político
Pedagógico como referência de um processo democrático dentro de uma
instituição de ensino, que deve ser vivenciado no dia a dia da escola,
cabendo ao gestor ressignificar sua intencionalidade, para que não se
torne um instrumento passivo.
Neste
sentido de colaboração e processo democrático, é importante especificar
no projeto pedagógico as práticas que permearão o fazer pedagógico numa
perspectiva da Educomunicação. O Projeto político da Educomunicação é
contribuir para que os educandos recuperem sua autonomia em relação à
influência da mídia. Essa proposta corresponde a um projeto pedagógico,
que é a promoção da criticidade e da participação dos educandos, que por
sua vez são resultados da formação de sujeitos pensantes e autônomos. O
projeto pedagógico contribui ainda para construção de uma nova
perspectiva de ensino e aprendizagem, transformando a escola em um
espaço de criação.
Atividade 15 - PPP ESCOLA
Tomando como referência o PPP de sua escola, elabore uma análise crítica deste (você pode optar pela forma de apresentação ou texto), observando os seguintes aspectos:
- Como foi sua elaboração?
- Quem participou?
- Como está organizado?- Que concepções o orientam?
- Tem objetivos apresentados? Quais?
- Foi implementado? Como foi esse processo?
- Que resultados foram obtidos a partir de sua implementação?
- Foi avaliado? Como?
Não esqueça: Para finalizar, identifique quais pontos do PPP destacam o uso das mídias no processo de construção do conhecimento.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP
I.E.E. ERNESTO ALVES
A elaboração do PPP da minha Escola, Instituto Estadual de Educação
Ernesto Alves, Rio Pardo-RS foi realizada de forma coletiva e
democrática sendo que todos os segmentos da comunidade escolar
participaram da elaboração do mesmo que foi digitado, impresso e está
disponível no Serviço de Supervisão Escolar - SSE.
O PPP tem como referencial o Construtivismo e apoia-se, principalmente,
nas teorias de: Jean Piaget (Epistemologia Genética); David Paul
Ausubel (Aprendizagem Significativa); Paulo Freire (Educação
Libertadora); e, Lev S. Vygotsky (Teoria Interacionista).
O documento apresenta diferentes objetivos, entre eles:
- Oferecer uma educação de qualidade em todos os Cursos;
- Contribuir significativamente no processo da construção da cidadania dos indivíduos que frequentam a Escola através do exercício da autonomia intelectual, moral e social e práticas pedagógicas emancipatórias;
- Promover a inclusão respeitando as diferenças e a diversidade no contexto escolar;
- Ser coerente nas práticas administrativas e pedagógicas respeitando os valores políticos, éticos e estéticos da Constituição, LDB e Princípios e Diretrizes Estaduais;
- Investir em formação continuada.
O PPP foi implementado gradativamente e de forma tranquila onde diariamente busca-se, ainda, a aplicação da proposta construída. Após a implementação do mesmo, muitos resultados foram observados e obtidos. Porém, a busca para alcançar todos os objetivos traçados se traduzem numa constante, pois ele evidencia desafios que precisam ser compreendidos por todos para que juntos se conquiste resultados positivos. Destaco o comprometimento dos Professores por uma educação de qualidade e aprendizagem significativa. Também o incentivo aos alunos a investirem em aquisição de novos conhecimentos e competências para construírem um futuro melhor.
O PPP foi avaliado pelos segmentos da comunidade escolar em reuniões.
E, continua sendo analisado e avaliado, necessitando de atualizações.
O uso das mídias no processo de construção do conhecimento destaca-se
quando é abordado o Laboratório de Informática e em algumas áreas do
conhecimento/componentes curriculares através de suas propostas.
WEBTECA
Audiodescrição
A
audiodescrição é um recurso de tecnologia assistiva que permite a
inclusão de pessoas com deficiência visual junto ao público de produtos
audiovisuais. O recurso consiste na tradução de imagens em palavras. É,
portanto, também definido como um modo de tradução audiovisual
intersemiótico, onde o signo visual é transposto para o signo verbal.
Essa transposição caracteriza-se pela descrição objetiva de imagens que,
paralelamente e em conjunto com as falas originais, permite a
compreensão integral da narrativa audiovisual. Como o próprio nome diz,
um conteúdo audiovisual é formado pelo som e pela imagem, que se
completam. A audiodescrição vem então preencher uma lacuna para o
público deficiente visual. (Eliana Franco - UFBA)
A audiodescrição permite que o usuário receba a informação contida na imagem ao mesmo tempo em que esta aparece, possibilitando que a pessoa desfrute integralmente da obra, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa, da mesma forma que alguém que enxerga.
http://www.vercompalavras.com.br/definicoes
http://audiodescricao.com.br/ad/o-que-e-audiodescricao/
Tecnologia Assistiva
Tecnologia Assistiva
é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de
Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente
promover Vida Independente e Inclusão.
É
também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços,
estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas
encontrados pelos indivíduos com deficiências."
Tecnologia Assistiva
é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que
engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de
vida e inclusão social.
DO CAFEZINHO ... Pela Internet, Gilberto Gil.
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