Guia do Cursista - Unidade 1
Provavelmente você, assim como a maior parte de nós, recebeu uma educação bastante tradicional, em aulas predominantemente expositivas nas quais nossa principal atividade era copiar o conteúdo repassado pelo professor no quadro, exercitá-lo, memorizá-lo e devolvê-lo nas avaliações. Crescemos e incorporamos esse cenário tendo o professor em frente à turma, “professando” o conteúdo. Apesar de os referenciais teóricos da educação demonstrar a inadequação dessa metodologia, em geral, nós professores, na nossa infância e adolescência, adaptamo-nos e tivemos sucesso nesse tipo de vida escolar. Talvez, de alguma forma, desenvolvemos estratégias (e/ou “artimanhas”) para torná-la mais produtiva.
Com uma trajetória, sem maiores conflitos com a escola, é natural termos dificuldades de negar essas raízes que, em muitos casos, lembramos com carinho.
Por outro lado, ao exercer o papel de professores, temos outra perspectiva do processo educativo. Teoricamente incorporamos plenamente os estudos que demonstram a importância do papel ativo do aprendiz na construção do conhecimento, do diálogo, da aprendizagem cooperativa e de tantos outros aspectos que permeiam nossos discursos. Mas na prática... Que dificuldade de abandonar nossa herança! Que vontade de ter em sala alunos “dos velhos tempos”, mais disciplinados, quietos, prestativos! Talvez, lá no fundo, exista um desejo de proporcionar aos nossos alunos o mesmo sucesso escolar que tivemos. E, para isso, tendemos a projetar um caminho semelhante ao que trilhamos! Difícil dizer o que ocorre na prática de cada um, estamos apenas lançando hipóteses para mobilizar reflexões acerca dos motivos das aulas tradicionais ainda predominarem nas escolas de hoje.
Provavelmente você, assim como a maior parte de nós, recebeu uma educação bastante tradicional, em aulas predominantemente expositivas nas quais nossa principal atividade era copiar o conteúdo repassado pelo professor no quadro, exercitá-lo, memorizá-lo e devolvê-lo nas avaliações. Crescemos e incorporamos esse cenário tendo o professor em frente à turma, “professando” o conteúdo. Apesar de os referenciais teóricos da educação demonstrar a inadequação dessa metodologia, em geral, nós professores, na nossa infância e adolescência, adaptamo-nos e tivemos sucesso nesse tipo de vida escolar. Talvez, de alguma forma, desenvolvemos estratégias (e/ou “artimanhas”) para torná-la mais produtiva.
Com uma trajetória, sem maiores conflitos com a escola, é natural termos dificuldades de negar essas raízes que, em muitos casos, lembramos com carinho.
Por outro lado, ao exercer o papel de professores, temos outra perspectiva do processo educativo. Teoricamente incorporamos plenamente os estudos que demonstram a importância do papel ativo do aprendiz na construção do conhecimento, do diálogo, da aprendizagem cooperativa e de tantos outros aspectos que permeiam nossos discursos. Mas na prática... Que dificuldade de abandonar nossa herança! Que vontade de ter em sala alunos “dos velhos tempos”, mais disciplinados, quietos, prestativos! Talvez, lá no fundo, exista um desejo de proporcionar aos nossos alunos o mesmo sucesso escolar que tivemos. E, para isso, tendemos a projetar um caminho semelhante ao que trilhamos! Difícil dizer o que ocorre na prática de cada um, estamos apenas lançando hipóteses para mobilizar reflexões acerca dos motivos das aulas tradicionais ainda predominarem nas escolas de hoje.
e-Proinfo
1. Por que os jovens parecem estar cada vez mais “rebeldes” e agressivos no contexto escolar?
2. Por que abordagens tradicionais (onde o professor possui o papel de detentor do conhecimento e de transmissor) são cada vez mais criticadas e rechaçadas?
Cursista
O
contexto escolar impõe desafios cada vez mais difíceis e refletir sobre
o mesmo é importante e necessário. Quanto à rebeldia e agressividade
dos jovens na Escola acredito ser reflexo da sociedade atual e seus
inúmeros problemas. É impossível não relacionar também aos contratempos
gerados pela convivência de diferentes gerações, as quais tentam
diariamente encontrar um ponto de equilíbrio para minimizar distâncias e
se entenderem. A Escola precisa buscar constantemente atualização e se
conscientizar de que na sociedade da informação e comunicação a
aprendizagem ocorre em diferentes contextos através de variados recursos
tecnológicos. Portanto, práticas pedagógicas tradicionais necessitam
ser repensadas e refletir sobre novas possibilidades para o contexto
escolar na era digital é primordial e urgente.
Comentários sobre as postagens dos Colegas
Comentários sobre as postagens dos Colegas
Angelita,
concordo com tuas colocações a respeito do “reflexo do conturbado contexto
sócio, político e econômico atual” na rotina das Escolas, as quais têm
vivenciado situações difíceis e desafiadoras. Também destaco a convivência de
diferentes gerações no contexto escolar, as quais precisam encontrar um ponto
de equilíbrio no processo de ensino e aprendizagem para evitar conflitos
constantes. E, de fato, temos que ter consciência e aceitar que “os tempos são
outros, os sujeitos são outros” e investir em novas metodologias e recursos
tecnológicos para oportunizar aos alunos um ambiente de aprendizagem
contextualizado à geração a qual pertencem.
Ana
Margarida,
você abordou uma questão que acho primordial na atualidade que é a busca por
atualização constante, “estar em contato com as mídias e tecnologias” para
diminuir a distância entre professores e alunos, “entre o que se ensina e o
modo como se aprende hoje em dia”. É preciso compreender o novo paradigma e que
na sociedade da informação e comunicação a aprendizagem pode acontecer em
diferentes e variados locais sendo a Escola um desses e, portanto, é necessário
que ela se torne um ambiente interessante, atrativo e acolhedor onde
professores e alunos sintam “prazer e alegria” de estar, conviver e aprender
juntos.
Carmelita, percebo muitos colegas com dificuldades e
resistências para se adaptarem ao uso das tecnologias digitais em suas práticas
pedagógicas. A área da educação necessita de profissionais conscientes e
corajosos para enfrentarem os novos desafios impostos pela era digital, pois
como disse a Colega Angelita, “os tempos são outros, os sujeitos são outros”.
Ficar preso às metodologias tradicionais implica em enfrentar conflitos
constantes, pois esta forma de ensinar e aprender não é mais tão eficiente, mas
sim provocadora de muitos questionamentos negativos que nos colocam em
situações até mesmo constrangedoras às vezes. É claro que não podemos negar ou
fugir totalmente dessas práticas, pois fomos educados através delas, mas é sim
possível investirmos em novas formas de ensinar e aprender e acreditar que
nossos alunos têm condições e conseguirão resultados significativos com a
utilização das tecnologias na educação.
Mara, diferentes juventudes convivem no contexto escolar.
Cada uma com seus “desejos, sonhos, medos e angústias” e, muitas vezes, não
paramos para refletir sobre isso. Realmente, é preciso compreender o que move
os jovens na atualidade para podermos conviver de forma mais harmônica,
prazerosa e contribuir positivamente no processo de aprendizagem dos mesmos. Dialogar
é necessário para conquistar espaços e resultados.
Eduardo, na atualidade percebe-se um novo paradigma onde as pessoas se tornam sujeitos
da sua própria aprendizagem. Pode-se aprender de diferentes e variadas formas
sem nem mesmo sair de casa. A proatividade, a iniciativa e a capacidade de
interação em tempo real, através de tecnologias digitais têm transformado a
forma como os indivíduos buscam informações e conhecimentos caracterizando
assim uma nova geração. A Escola precisa neste
contexto inovador, de descobertas e invenções constantes e velozes se atualizar
para acompanhar e incentivar os alunos no processo de aprendizagem. Por isso
concordo contigo quando diz que é preciso investir em práticas colaborativas
onde a cooperação é essencial para construir juntos novos conhecimentos e não
apenas reproduzir aquilo que já existe. E como diz
Moran, 1999, p.5-6 “a educação escolar precisa compreender e incorporar mais as
novas linguagens, desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de
expressão e as possíveis manipulações. É importante educar para usos
democráticos, mais progressistas e participativos das tecnologias, que facilitem
os processos de construção do conhecimento.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário